Tarsila do Amaral, Baile caipira, 1950-1961

Obras da Coleção Fundação Edson Queiroz integram exposição na Royal Academy of Arts, em Londres

A Royal Academy of Arts, em Londres, inaugurou nesta terça-feira (28) a exposição “Brasil! Brasil! The Birth of Modernism” (“Brasil! Brasil! O Nascimento do Modernismo”), que celebra a força e diversidade do modernismo brasileiro por meio de mais de 130 obras de grandes artistas. Entre os destaques estão sete preciosidades da Coleção Fundação Edson Queiroz:

  • Baiana (1947), Menino com carneiro (1941), Mulher e crianças (1940) e Bumba meu boi (1956), de Candido Portinari;
  • Baile caipira (1950-1961), de Tarsila do Amaral;
  • Duas obras sem título de Alfredo Volpi, uma de 1950 e outra de 1980.

A participação dessas peças na mostra reafirma a relevância da Coleção Fundação Edson Queiroz, um dos mais importantes acervos privados de arte no Brasil.

Uma imersão no modernismo brasileiro

Com curadoria de Roberta Saraiva Coutinho, Fabienne Eggelhoffer e Adrian Locke, a exposição percorre cerca de seis décadas da produção artística brasileira, de 1910 a 1970. O recorte explora como os artistas do período reinterpretaram influências europeias – como o cubismo e o surrealismo – para criar uma identidade visual única, profundamente conectada às raízes culturais do Brasil.

A mostra segue em cartaz até 21 de abril de 2025 e reforça o compromisso da Fundação Edson Queiroz com a difusão do patrimônio cultural brasileiro. “É uma honra destacar a importância do empréstimo de obras do acervo histórico da Fundação Edson Queiroz para dois dos mais prestigiados museus do mundo: o museu Paul Klee, na Suíça, e a Royal Academy of Arts, em Londres”, afirma Adriana Helena Moreira, Vice-Reitora de Extensão e Comunidade Universitária da Unifor.

Do sucesso na Suíça ao prestígio em Londres

Antes de chegar à Royal Academy, a exposição passou pelo Zentrum Paul Klee, em Berna, onde foi um sucesso de público, recebendo mais de 37 mil visitantes. Em Londres, ganha ainda mais relevância com a inclusão de uma sétima obra de Candido Portinari, ampliando a representatividade da arte brasileira no evento.

A Royal Academy, que já havia sediado uma mostra dedicada ao modernismo brasileiro em 1944, reforça com essa nova exposição o valor do intercâmbio cultural entre o Brasil e o mundo.

A identidade do modernismo brasileiro em evidência

A seleção das obras emprestadas pela Fundação Edson Queiroz busca traduzir a essência do modernismo brasileiro: um equilíbrio entre tradição e inovação. “esse gesto não é apenas uma oportunidade de exibir a riqueza histórica do nosso acervo, mas também de compartilhar com o mundo a essência da cultura brasileira”, destaca Adriana Helena Moreira.

A mostra convida o público europeu a compreender um movimento que, ao mesmo tempo em que dialogava com correntes artísticas globais, aprofundava-se nas questões sociais e culturais do Brasil. “O modernismo foi um período em que artistas brasileiros ressignificaram as influências internacionais, criando uma linguagem visual única, profundamente conectada às nossas raízes”, conclui Adriana.

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