A Petrobras dá início a 2024 com 10 novos projetos ambientais apoiados pelo Programa Petrobras Socioambiental. Com um investimento voluntário de aproximadamente R$ 47 milhões até 2028, essas iniciativas foram selecionadas por meio da última chamada pública e passaram por um rigoroso processo de contratação, incluindo análises de conformidade, técnica e orçamentária.
“A expansão da carteira de projetos socioambientais reforça nossa atuação em todos os biomas brasileiros, aliando conservação e recuperação ambiental à promoção de benefícios para as populações locais. Na prática, esses projetos representam nosso valor ‘Sustentabilidade’ e nossos compromissos com a transição energética justa e a promoção da biodiversidade”, afirma Gregório Araújo, gerente de Projetos Ambientais da Petrobras.
Região Norte
No Amazonas, dois projetos vão unir conservação florestal e geração de renda. O Costa do Juçara: Biodiversidade Amazônica e Floresta em Pé busca estruturar a cadeia produtiva de produtos agroflorestais, como açaí, buriti, tucumã e tucupi, impulsionando a comercialização e inclusão de comunidades locais. Já o Wepainung – Proteção e Sustentabilidade da Terra Indígena Andirá-Marau implementará um sistema de manejo florestal sustentável, focado no aproveitamento de frutas e sementes, garantindo segurança alimentar e oportunidades econômicas para povos indígenas.
No Amapá, o projeto Costamar estudará as variações nas andadas reprodutivas do caranguejo-uçá acima da linha do Equador. O objetivo é contribuir para a gestão pesqueira e fortalecer políticas públicas voltadas à preservação da costa, beneficiando especialmente pescadores artesanais.
Região Nordeste
No Piauí e Ceará, o projeto FaunaMar reforçará a conservação da biodiversidade marinha e costeira. A iniciativa se soma ao trabalho do Projeto Aves Migratórias, já desenvolvido há seis anos com apoio da Petrobras. O FaunaMar faz parte de uma rede de 24 projetos voltados à pesquisa científica, educação ambiental, engajamento comunitário e geração de renda.
No Ceará e no Rio Grande do Norte, o projeto Florestas de Alimentos capacitará 600 participantes para o manejo sustentável de agroecossistemas. A iniciativa visa consolidar a bioeconomia solidária como estratégia para reduzir o desmatamento, recuperar áreas degradadas, restaurar florestas e proteger recursos hídricos, contribuindo diretamente para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
No Maranhão, o projeto Na Rota do Tamanduaí atuará na conservação do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e da Área de Proteção Ambiental da Foz do Rio Preguiças. Utilizando os xenarthras da região (tamanduás, preguiças e tatus) como espécies-bandeira, a iniciativa busca reduzir a vulnerabilidade socioambiental gerada pelo ecoturismo descontrolado. Já o projeto Tartarugas do Delta, em andamento no Maranhão e Piauí, protege espécies ameaçadas de extinção enquanto impulsiona o desenvolvimento sustentável com o envolvimento das comunidades locais.
Em Sergipe, o projeto Povos das Águas: Produzindo Vida e Preservando o Mar beneficiará mais de 800 pessoas. A ação foca na recuperação de áreas degradadas de mangue, combinando reflorestamento e educação ambiental, além de valorizar saberes tradicionais ligados à sociobiodiversidade e pesca artesanal.
Bioma Cerrado
No Cerrado, o projeto Onde a Onça Bebe Água: Comunidades e Bem Viver atuará no Distrito Federal, Goiás e Bahia. Inspirado na onça-pintada, a iniciativa fomenta redes de monitoramento de mamíferos de médio e grande porte, ampliando o conhecimento sobre a biodiversidade e promovendo a restauração de áreas estratégicas para a formação de corredores ecológicos. Além disso, incentivará a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), contando com o envolvimento de agricultores familiares, comunidades tradicionais e mulheres cuidadoras de crianças pequenas.
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